sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Mamonas Assassinas










Mamonas Assassinas foi uma banda brasileira de rock satírico, com influências de gêneros populares tais como forró, sertanejo, pagode além de hard rock e música portuguesa.

Tornaram-se um grande sucesso com seu humor em meados da década de 1990, vendendo mais de 2,3 milhões de cópias de seu álbum homónimo de estréia e único de estúdio, graças ao sucesso de temas como "Pelados em Santos", "Robocop Gay", "Vira-Vira", 1406 e "Sabão Crá-Crá". No auge de suas carreiras, os integrantes da banda foram vítimas de um acidente aéreo fatal.



História

Em 1989 os irmãos Samuel e Sérgio Reoli, junto com Bento Hinoto, formaram uma banda de rock chamada Utopia, especializada em covers de grupos como Legião Urbana, Titãs e Rush. Em um show, o público pediu para tocarem uma música dos Guns N' Roses, e como não sabiam a letra, pediram a um espectador para ajudá-los. Dinho voluntariou-se para cantar, em meio a vaias e com sua performance escrachada fez o público rir, sendo aceito no grupo. Júlio Rasec foi o último a entrar em Utopia.

O Utopia passou a apresentar-se na periferia de São Paulo e lançou um disco que vendeu menos de 100 cópias. Aos poucos, os integrantes começaram a perceber que as palhaçadas e músicas de paródia eram mais bem recebidas pelo público do que os covers e as músicas sérias. Começaram introduzindo algumas parodias musicais, com receio da aceitação do publico.

Conheceram o produtor Rick Bonadio, que decidiu apostar nesse lado humoristico do grupo. Decidiram, então, mudar o perfil da banda, a começar pelo nome, nome inventado por Samuel Reoli "Mamonas Assassinas do Espaço", e enfim acabou virando "Mamonas Assassinas".

Mandaram uma fita demo com as músicas "Pelados em Santos","Robocop Gay" e "Jumento Celestino" para 3 gravadoras,entre elas a Sony e Emi Odeon, e Rafael, filho do diretor artístico da EMI ODEON, João Augusto Soares e baterista da banda Baba Cósmica, insistiu na contratação. Após assistir uma apresentação do grupo em 28 de Abril de 1995, João Augusto resolveu assinar contrato com os Mamonas.

Após gravar um disco produzido por Rick Bonadio (apelidado pela banda de Creuzebek), os Mamonas saíram em imensa turnê, apresentando-se em programas como Jô Soares Onze e Meia, Domingão do Faustão e tocando cerca de 8 vezes por semana, com apresentações em 25 dos 27 estados brasileiros e ocasionais dois shows por dia. O cachê dos Mamonas tornou-se um dos mais caros do país, R$50 à 70 mil, e a EMI faturou cerca de R$80 milhões com a banda. Houve um mês que estvam vendendo 50 mil cópias por dia, ou seja, a cada 2 dias ganhavam 1 disco de ouro.[carece de fontes?]

Os Mamonas preparavam uma carreira internacional, com partida para Portugal preparada para 3 de Março de 1996. Porém em 2 de Março, enquanto voltavam de um show em Brasília, o jatinho, modelo Learjet, prefixo LR-25D - PT-LSD, em que viajavam chocou-se contra a Serra da Cantareira, numa tentativa de arremeter vôo, matando todos que estavam no avião. O enterro no dia 4 de Março fora acompanhado por mais de 65 mil fãs.

Fora anunciado um filme da história da banda, baseado em Blá, Blá, Blá - A Biografia Autorizada dos Mamonas Assassinas de Eduardo Bueno, e a ser dirigido por Maurício Eça. A responsavel pelo filme será a Tatu Filmes, em parceira com a Rede Record. Houve um risco do filme não ser lançado,já que o contrato entre Tatu Filmes e Rede Record, expiraria no fim do ano de 2008, haja visto que a produtora não conseguia concluir o filme devido a problemas de documentação envolvendo as gravadoras e os familiares dos integrantes do grupo. O problema foi resolvido e a Tatu Filmes se prepara para o lanaçamento do filme Mamonas Assassinas - De Muvi



Acidente

A aeronave havia sido fretada com a finalidade de efetuar o transporte do grupo musical. No dia 01/03/96, transportou esse grupo de Caxias do Sul para Piracicaba, aonde chegou às 15:45. No dia 02/03/96, com a mesma tripulação e sete passageiros, decolou de Piracicaba, às 07:10, com destino a Guarulhos, onde pousou às 07:36. A tripulação permaneceu nas instalações do aeroporto, onde, às 11:02, apresentou um plano de vôo para Brasília, estimando a decolagem para as 15:00. Após duas mensagens de atraso, decolaram às 16:41. O pouso em Brasília ocorreu às 17:52.

A decolagem de Brasília, de regresso a Guarulhos, ocorreu às 21:58. O vôo, no nível (FL) 410, transcorreu sem anormalidades. Na descida, cruzando o FL 230, a aeronave de prefixo PT-LSD chamou o Controle São Paulo, de quem passou a receber vetoração por radar para a aproximação final do procedimento Charlie 2, ILS da pista 09R do Aeroporto de Guarulhos (SBGR). A aeronave apresentou tendência de deriva à esquerda, o que obrigou o Controle São Paulo (APP-SP) a determinar novas proas para possibilitar a interceptação do localizador (final do procedimento). A interceptação ocorreu no bloqueio do marcador externo e fora dos parâmetros de uma aproximação estabilizada. Sem estabilizar na aproximação final, a aeronave prosseguiu até atingir um ponto desviado lateralmente para a esquerda da pista, com velocidade de 205Kt a 800 pés acima do terreno, quando arremeteu.

A arremetida foi executada em contato com a torre, tendo a aeronave informado que estava em condições visuais e em curva pela esquerda, para interceptar a perna do vento. A torre orientou a aeronave para informar ingressando na perna do vento no setor sul. A aeronave informou "setor norte".

Na perna do vento, a aeronave confirmou à Torre estar em condições visuais. Após algumas chamadas da Torre, a aeronave respondeu e foi orientada a retornar ao contato com o APP-SP para coordenação do seu tráfego com outros dois tráfegos em aproximação IFR. O PT-LSD chamou o APP-SP, o qual solicitou informar suas condições no setor. O PT-LSD confirmou estar visual no setor e solicitou "perna base alongando", sendo então orientado a manter a perna do vento, aguardando a passagem de outra aeronave em aproximação por instrumento. No prolongamento da perna do vento, no setor Norte, às 23:16, o PT-LSD chocou-se com obstáculos a 3.300 pés, no ponto de coordenadas 23º25'S 046º35'W. Em conseqüência do impacto, a aeronave foi destruída e todos os ocupantes faleceram no local.



Nota adicional

Uma operação equivocada do piloto é a versão do Departamento de Aviação Civil (DAC) para explicar o acidente com o jatinho que causou a morte dos cinco integrantes do grupo Mamonas Assassinas na noite de 02/03/1996, em São Paulo. A 10 quilômetros do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, o piloto repetia, a pedido da torre de controle, o procedimento de aterrissagem. No entanto, em vez de fazer uma curva para a direita, virou o avião Lear Jet 25, prefixo PT-LSD, para a esquerda, chocando-se com a Serra da Cantareira. Além dos componentes da banda, Dinho, que completaria 25 anos dali a dois dias, os irmãos Samuel e Sérgio, Júlio e Bento, também morreram no acidente o piloto, o co-piloto e dois assistentes dos artistas[carece de fontes?]. Numa carreira fulminante de apenas cinco meses e três semanas, período em que vendeu quase 2,3 milhão de cópias de um único disco com músicas irreverentes e debochadas, o grupo, formado por jovens da classe C, ascendente de Guarulhos, conquistou multidões de crianças e adolescentes em todo o país.

A morte trágica de seus cinco integrantes causou comoção nacional. Dias após, houve um minuto de silêncio no Maracanã, antes do jogo entre Flamengo e Botafogo.



Membros

Dinho - (Voz)
Bento Hinoto - (Guitarra, violão e voz)
Júlio Rasec - (Teclado e voz)
Samuel Reoli - (Baixo e voz)
Sérgio Reoli - (Bateria e voz)



Discografia

Álbuns de estúdio

Mamonas Assassinas (1995)

1 - "1406" (Júlio e Dinho) – 4:07
2 - "Vira-Vira" (Júlio e Dinho) – 2:23
3 - "Pelados em Santos" (Dinho) – 3:22
4 - "Chopis Centis" (Júlio e Dinho) – 2:46
5 - "Jumento Celestino" (Dinho e Bento) – 2:37
6 - "Sabão Crá-Crá" (Folclore) – 0:42
7 - "Uma Arlinda Mulher" (Dinho e Bento) – 3:18
8 - "Cabeça De Bagre II" (Dinho, Bento, Júlio, Samuel, Sérgio) – 2:19
9 - "Mundo Animal" (Dinho) – 3:56
10 - "Robocop Gay" (Júlio e Dinho) – 2:58
11 - "Bois Don't Cry" (Dinho) – 2:57
12 - "Débil Metal" (Dinho, Bento, Júlio, Samuel, Sérgio) – 3:05
13 - "Sábado de Sol" (Rafael, Pedro e Felipe) – 1:00
14 - "Lá Vem o Alemão" (Júlio e Dinho) – 3:23


quinta-feira, 26 de junho de 2008

Marcelo D2




Marcelo D2

Marcelo D2, nome artístico de Marcelo Maldonado Gomes Peixoto (Rio de Janeiro, 5 de Novembro de 1967) é um rapper brasileiro ex-vocalista da banda Planet Hemp, que hoje segue em carreira solo. "D2", no jargão dos usuários de maconha, significa dar apenas alguns "tragos" no "baseado" - e foi falando de maconha que ele começou nos palcos. Marcelo D2 também é conhecido por misturar o samba com a black music, fez várias parcerias com artistas de outros gêneros, como o axé music, e com pessoas que fazem batidas de música eletrônica com a boca.


História

Biografia


Nascido no bairro de São Cristóvão e criado no bairros de Maria da Graça e Andaraí - todos localizados na Zona Norte carioca -, Marcelo D2 desde pequeno gostava de samba, funk e rap. Antes da fama havia sido vendedor de móveis e camelô, quando então entrou para o showbizz (negócios do espetáculo ou entretenimento, em inglês) graças ao incentivo de seu amigo, Skunk, hoje já falecido. Suas letras irreverentes traduziam com exatidão o pensamento de Skunk, atiçando sua voz.

A perda do amigo Skunk em junho de 1994 marcou profundamente a vida e a carreira de D2, que criou o selo Positivo para ajudar no tratamento de crianças portadoras do vírus HIV. Skunk era o vocalista do grupo Planet Hemp no início da década de 90. Mesmo com uma verdadeira legião de fãs, a banda circulava apenas no circuito alternativo carioca.

Skunk, na ascensão do grupo musical, participou de shows em inúmeros lugares possíveis, mas infelizmente não presenciou a dimensão que o Planet Hemp ganhou. Após a sua morte, o primeiro álbum do grupo, "Usuário", de 1995 foi dedicado a ele, vendendo 300 mil cópias, e o segundo, "Os Cães Ladram mas a Caravana não Pára", de 1997 ultrapassou o anterior em 50 mil.


Trajetória profissional


Como D2 mesmo diz: "Não desisti da luta, apenas me juntei ao inimigo, por não conseguir vencê-lo", e a partir daí, começou sua carreira solo que já vem desde 1998, com o lançamento do seu primeiro álbum Eu Tiro é Onda, que é uma gíria carioca que significa "Eu sou poderoso" ou também "Eu posso tudo". Gravado em seu estúdio caseiro por David Corcos e mixado em Nova York e Los Angeles por Carlos Bess e Mário Caldato Jr, esse álbum foi muito bem aceito pelo público e pelo movimento rap de São Paulo, pois era inovador e trazia nomes de respeito do rap do Rio de Janeiro e São Paulo, como Black Alien & Speed, Zé Gonzalez, DJ Nuts e BNegão.

Seus maiores sucessos após reiniciar a carreira solo foram "O Império Contra-Ataca" com participações da Hemp Family, um grupo formado pelos pioneiros do rap do Rio, BNegão, Speed, Jackson e Black Alien, e de um dos maiores MCs do Brasil, DJ Rodrigues, que hoje toca com BNegão e também por Falcão do O Rappa. A música "1967" que o consagrou, e foi mostrado ao vivo em vários shows da MTV, lançada no primeiro álbum Eu Tiro é Onda, "A Maldição do Samba", "Qual É", um de seus maiores sucessos e "Loadeando", também chamado de "Eu e Meu Filho", música que gravou junto ao seu filho e produzida pelo rapper Marechal, "Mantenha O Respeito", da época em que ele rimava "Minha Segurança eu Faço na Cintura", "Eu Canto Assim Porque eu Fumo Maconha" e "Hemp Family", que fala da sua família de coração que são seus amigos. Algumas de suas músicas contam parte de sua vida quando criança.

Marcelo D2 possui um estilo de rappin' rápido e funny. Misturou o samba tradicional com o rap, ajudando a divulgar a música americana no Brasil, consolidando assim sua relação com a multinacional Sony. Também participou de Assim Caminha A Humanidade, de seus ídolos Thaíde e DJ Hum, e da trilha sonora de A Taça do Mundo é Nossa, dos humoristas do Casseta & Planeta. Muito respeitado pelas crianças, é considerado um dos maiores artistas do gênero no Brasil.

Em Maio de 2006, lançou o seu terceiro disco de originais a solo, Meu Samba é Assim. O disco, bem recebido pela crítica, reforçou a tendência de mistura do rap com samba, e inclui alguns convidados especiais, como Alcione.

A apresentação do novo disco incluiu uma excursão de dois meses pela Europa, com início dia 4 de Junho em Portugal, na abertura do último dia do Rock in Rio Lisboa 2006. Marcelo D2 fez nesta digressão uma pequena pausa para alguns concertos nos Estados Unidos da América. Venceu o Prêmio Multishow 2007 na categoria Melhor Clipe, com Dor de Verdade.

Vale mencionar que no início de carreira, Marcelo D2 fazia críticas as bebidas alcoólicas nas suas letras. Um exemplo é a letra de "A Culpa é de Quem?" que há o trecho "beba muito álcool até a sua barriga inchar!" Depois de alguns anos, passou a ser garoto propaganda de uma grande cervejaria.


Discografia

Álbuns


1998 - Eu Tiro é Onda

Faixas

1 - Intro
2 - 1967
3 - Sessäo
4 - Eu Tiro é Onda
5 - Mantenha o Respeito
6 - Samba de Primeira
7 - Fazendo Efeito
8 - Império Contra Ataca
9 - Espancando o Macaco
10 - Eu Tive um Sonho
11 - Encontro com Nogueira
12 - A Batucada
13 - Baseado em Fatos Reais






2003 - A Procura da Batida Perfeita

Faixas

1 - Pra Posteridade
2 - A Procura Da Batida Perfeita
3 - Vai Vendo
4 - A Maldiçäo Do Samba
5 - Pilotando O Bonde Da Excursäo
6 - Loadeando
7 - Profissäo Mc
8 - CB (Sangue Bom)
9 - Batidas E Levadas
10 - Re-Batucada/ Do Jeito Que O Rei Mandou
11 - Qual é?






2004 - Acústico MTV

Faixas

1 - Vai vendo
2 - A maldiçäo do samba
3 - A procura da batida perfeita
4 - Eu tive um sonho
5 - 1967
6 - Contexto (Single) (part. BNegão)
7 - Samba de primeira
8 - Encontro com Nogueira
9 - Profissäo MC
10 - Pilotando o Bonde da Excursäo
11 - Batucada
12 - Re-batucada
13 - CB Sangue Bom (part. Will.i.am)
14 - Loadeando (part. Stephan)
15 - Qual é?






2006 - Meu Samba é Assim

Faixas

1 - Meu Samba é Assim
2 - Sinistro
3 - É Assim que se Faz
4 - É Preciso Lutar
5 - Nunca Esquecer
6 - Pra que Amor (part. Alcione)
7 - Lapa (part. Marechal e Aori)
8 - Malandragem
9 - Um Filme Malandragem
10 - Falador
11 - Dor de Verdade (part. Zeca Pagodinho e Arlindo)
12 - Nega
13 - That's What I Got (part. Chali Tuna)
14 - Gueto (Músico Convidado Mr. Catra)
15 - Carta ao Presidente






2007 - Perfil

Faixas

1 - À Procura da Batida Perfeita
2 - Vai Vendo
3 - 1967
4 - That’s What I Got
5 - Pra que Amor?
6 - Loadeando
7 - C.B. (Sangue Bom)
8 - Mantenha o Respeito 2
9 - Lapa
10 - Nega
11 - Dor de Verdade
12 - Batucada / A Batucada dos Nossos Tantãs
13 - Rebatucada
14 - Falador (Falador Passa Mal)
15 - Gueto
16 - Qual É?
17 - Dig Dig Dig (Hempa)
18 - Contexto




sexta-feira, 13 de junho de 2008

Charlie Brown Jr.




Charlie Brown Jr.é uma banda de rock do Brasil formada em Santos no ano de 1992. Segue a linha hardcore com influências do punk rock californiano, e mistura vários ritmos como o reggae, o hip-hop, criando um estilo próprio. Suas letras fazem críticas à sociedade da perspectiva do universo jovem contemporâneo. Todos os membros da banda são naturais da cidade de Santos, exceto o vocalista Chorão, que nasceu em São Paulo.





História

Começo de carreira

Em 1992, o skatista paulistano Chorão, que havia se mudado para Santos, litoral de São Paulo, ao chegar na cidade após uma infância difícil e traumática, Alexandre Magno um adolescente de 17 anos conhecido como Chorão (apelido auto-explicativo), passou a se interessar pela prática do skate. Um dia, em um bar local, substituiu por acaso o vocalista de uma banda, quando o mesmo precisou se ausentar devido a necessidades "fisiológicas". Uma pessoa da platéia, ao vê-lo cantar, convidou-o para ser vocalista em sua banda. Quando o baixista da referida banda saiu, Chorão veio a conhecer Champignon, o novo baixista, uma criança de apenas 12 anos na época, formaram então a banda "What’s Up". Tempos depois, Chorão e Champignon decidiram convidar Renato Pelado. Mais tarde, Marcão e Thiago (guitarras) completaram a primeira formação da banda Charlie Brown Jr.

A banda, ainda sem nome, continuou a se apresentar na cidade. Muitos não sabem o porquê do nome "Charlie Brown Jr". "Fundei e batizei a banda com esse nome em 92. Foi uma coisa inusitada. Trombei (literalmente) com uma barraca de água de coco que tinha o desenho do Charlie Brown, aquele personagem do Charles Schulz, mais conhecido por ser o dono do Snoopy. E o “Jr” é pelo fato de sermos filhos do rock", se explica Chorão pelo fato de a banda se considerar "filha" de uma geração de músicos e bandas como Raimundos, Nirvana, Blink-182, Red Hot Chili Peppers, Nação Zumbi, e Planet Hemp. A sonoridade do grupo tinha influências de grupos como Sublime, Bad Brains, 311 e Pennywise, misturando hardcore, skate e reggae. O líder da banda, Chorão, é skatista, chegando a figurar nas melhores posições do ranking de diversos campeonatos brasileiros, e costuma apresentar-se nos shows em cima de um skate. Por volta de 1993, já com esta formação da banda, eles começaram a tocar no circuito underground de Santos e São Paulo e a fazer shows em vários eventos de skate.

As primeiras apresentações do quinteto aconteceram em Santos e São Paulo, especialmente em campeonatos de skate. Uma fita demo foi entregue a Rick Bonadio, presidente da Virgin Records e produtor dos Mamonas Assassinas, que se interessou pelo grupo e o contratou. De uma demo de três faixas surgi o primeiro disco do CBJr, produzido por Tadeu Patolla e Rick Bonadio com o selo da Virgin. Nasce então o explosivo disco Transpiração Contínua Prolongada, tem esse nome por realmente retratar tudo que a galera passou pra chegar onde chegaram. O álbum foi produzido por Tadeu Patola (ex-Lagoa 66), o álbum explode na audiência e fez sucesso nas rádios com as faixas "O Coro Vai Comê!", "Proibida Pra Mim (Grazon)", "Tudo Que Ela Gosta De Escutar" e "Gimme O Anel", vendendo 500 mil cópias. Chorão teve que fazer de tudo para ganhar dinheiro. "O Coro Vai Comê já estava estourando aqui em São Paulo e eu passando fome em Santos, tá ligado?", diz. Ele passou fome mesmo. Esperava a namorada chegar do trabalho e, com o ticket refeição dela, de 5 reais, comprava duas esfihas, um refrigerante e uma garrafa de água. Uma curiosidade, Champignon era ainda menor de idade na época, e, conseqüentemente, toda vez que a banda ia se apresentar em alguma casa noturna, era necessária uma autorização judicial para que pudesse acompanhar seus companheiros.


Sucesso comercial

Por algum longo tempo o hit "Te levar" foi tema da série Malhação da Rede Globo (sem apologias a emissora), e assim a banda alcançou bem mais que um público seleto, abrangendo seu trabalho as mais diferentes classes sociais. Com sua propagação na mídia a banda ganhou vários prêmios e chegou assim, por várias vezes, ao topo de grandes rádios espalhadas pelo país. O rock que fazem é influenciado por bandas como Madness, Suicidal Tendencies e algumas mais atuais como Mighty Mighty Bosstones. O som do Charlie Brown Jr. mistura hardcore com ska e funk.

Em 1999, após a estréia promissora, o grupo voltou com Preço Curto... Prazo Longo, composto por 25 músicas inéditas, entre elas os sucessos "Confisco", "Zóio de Lula", "Te Levar" e "Não Deixe O Mar Te Engolir", que sedimentaram o sucesso da banda e garantiram sua presença nas rádios. Pouco antes de entrar no estúdio para gravar o terceiro álbum, o grupo passou por uma forte crise interna, causada pelas brigas entre Chorão e Champignon, e quase encerrou a carreira. Apesar das dificuldades, a evolução da fórmula hip hop/reggae/hardcore continuou em Nadando com os Tubarões em 2000, cujos destaques foram as faixas "Rubão: O Dono do Mundo" e "Não é Sério". O disco marcava a entrada do dj Anderson. Faria como acompanhante fixo da banda e revelava uma aproximação com o rap paulistano, explícita em "A Banca", com participação do grupo RZO. No fim do ano, decidiu não participar do Rock in Rio para um Mundo Melhor por discordar do tratamento dispensado às bandas nacionais.

No ano de 2001, o grupo foi consagrado no Vídeo Music Brasil, levando o prêmio "Escolha da Audiência" pelo clipe de "Rubão". Antes, entretanto, o guitarrista Thiago saiu do grupo alegando divergências musicais. Como um quarteto, o Charlie Brown Jr. assinou com a EMI para lançar 100% Charlie Brown Jr. no final do ano, com músicas totalmente inéditas. As faixas de maior destaque foram "Hoje eu Acordei Feliz" e "Lugar ao Sol". Em abril de 2002, uma apresentação da banda no Rio de Janeiro acabou em tumulto generalizado. Uma briga fez com que Chorão e cia. saíssem do palco antes do previsto, causando revolta na platéia. Lojas e lanchonetes do parque Terra Encantada foram depredadas. Felizmente, ninguém ficou ferido com gravidade.

O título do quinto álbum, Bocas Ordinárias, se apropriou de uma expressão lusitana? por sinal, o grupo já havia se apresentado em Portugal com sucesso. Com vigor admirável, a fusão de hardcore, rap e reggae gerou novos hits como "Papo Reto (Prazer é Sexo, O Resto é Negócio)" e "Só por Uma Noite", "Bocas Ordinárias", "Guerilhas" e "Somos Poucos mas Somos Loucos", além de uma versão de "Baader-Meinhof Blues", do Legião Urbana.



Álbum acústico

Em 2003, chegou a vez do Charlie Brown Jr. gravar seu acústico para a MTV, intitulado Acústico MTV Charlie Brown Jr.. Entre os convidados, o grupo chamou Marcelo Nova e Marcelo D2, que participaram de versões de "Hoje" (Camisa de Vênus) e de "Samba Makossa" (Chico Science & Nação Zumbi), respectivamente. Entre as regravações, a banda santista optou pelos sucessos "Proibida pra Mim", "Zóio de Lula", "Tudo que Ela Gosta de Escutar", mas o primeiro single foi a inédita "Vícios e Virtudes".

Durante a turnê acústica, em 2004, Chorão se desentendeu com Marcelo Camelo, do grupo Los Hermanos, quando as duas bandas se encontraram no aeroporto de Forteleza antes da apresentação das mesmas no festival Piauí Pop daquele ano. O motivo teria sido uma suposta crítica à participação do Charlie Brown Jr. num comercial de uma marca de refrigerantes. O vocalista do grupo carioca processou Chorão por danos morais decorrentes da agressão mas não logrou êxito, visto que foi imputado a este culpa concorrente pelo acontecido.

Após mais de 2 milhões de álbuns vendidos o Charlie Brown Jr. lança em 2004 o sétimo disco da carreira, Tâmo aí na atividade.



Nova formação

O vocalista do Charlie Brown Jr., Chorão, costuma dizer que a banda não é seu emprego, mas sim sua vida. Esta afirmação traduz a intensidade do envolvimento e da dedicação que os integrantes do Charlie Brown Jr. direcionam à música, aos shows e ao público. Passar por uma metamorfose sem perder a identidade foi o desafio vencido pela banda Charlie Brown Jr.. No início de 2005, Chorão, o skatista que um dia subiu num palco por diversão para depois se tornar um vocalista criativo e empreendedor, foi pego de surpresa com a notícia de que os outros três integrantes estavam deixando a banda Charlie Brown Jr., na qual tocavam juntos há muitos anos e gravaram sete discos. Após o lançamento de 7 álbuns (incluíndo entre eles o Acústico MTV, que foi lançado no auge da banda), em 2005, Champignon (baixista), Pelado (bateirista), Marcão (guitarrista) deixaram a banda. Em abril de 2005, ao contrário do que muitos diziam, Chorão apareceu com uma nova formação para o Charlie Brown Jr. Depois do choque inicial, Chorão resolveu seguir em frente, tomando a decisão de chamar outros músicos com afinidade, técnica e vontade de encarar com humildade e respeito milhares de fãs, e começou a se articular para compor novas músicas para a futura gravação de um CD.

O novo núcleo surgiu em Santos, cidade que o Charlie Brown Jr. canta nos palcos de todo o mundo. Thiago Castanho que gravou os primeiros três discos do Charlie Brown Jr, agora estava de volta para reafirmar sua parceria com Chorão. Heitor Gomes foi escolhido para assumir o baixo e André Pingüim conquistou a bateria. Depois dos ensaios com o repertório antigo e depois de alguns shows em vários locais do país, Chorão, Thiago, Heitor e Pingüim fortaleceram os vínculos e encontraram a sintonia necessária para criar novas músicas.



Imunidade Musical (2005-2007)

O álbum Imunidade Musical é lançado em 2005 com destaque para o primeiro single "Lutar Pelo que é Meu", além de "Cada Cabeça Falante tem sua Tromba de Elefante", com as participações de Rappin Hood e Parteum, do Mzuri Sana. Ainda em 2005, Charlie Brown lança o DVD Skate Vibration. O trabalho passeia do rock pesado à melodia, do rap e reggae ao blues.

O CD Imunidade Musical, cujos detalhes de gravação e a vibe elevada dos integrantes da banda podem ser vistos no DVD Skate Vibration, começou a surgir no estúdio Digital Grooves, do guitarrista Thiago Castanho, em Santos. No DVD, além de uma apresentação ao vivo, estão os clipes que misturam imagens da banda Charlie Brown Jr. nos shows realizados em 2005, nas viagens e durante as gravações de seu oitavo CD. Imunidade Musical, no qual a sonoridade do Charlie Brown Jr. foi reestabelecida através de surpreendentes 23 músicas, se tornou um CD emblemático na trajetória da banda, que toca para um público de milhares de pessoas a cada show, lotando os espaços por onde passa.



Ritmo, Ritual e Responsa (2007-presente)

O mais recém disco lançado pelo Charlie Brown Jr. se chama Ritmo, Ritual e Responsa (RRR). Ritmo, Ritual e Responsa trás 22 faixas inéditas e uma faixa bônus, e chegou às lojas no final de abril de 2007. Produzido por Chorão e Thiago Castanho, o nono da carreira, deixa registrada mais uma vez a marca do Charlie Brown, letras com forte apelo urbano e que vão de encontro aos anseios da juventude, riffs poderosos, bateria e baixo marcantes.

A inovação, outra marca do grupo, está presente em algumas faixas com um toque eletrônico. Mas os fãs não precisam se preocupar, o eletrônico que tem permissão para entrar na música do Charlie Brown é um convidado especial que dá mais peso ao som da banda. Também o rap, que sempre esteve presente na música e letras do grupo, marca presença. No dia 9 de abril de 2007 chegou às rádios de todo o Brasil "Não Viva em Vão", música de Chorão e Thiago Castanho, que foi escolhida como primeiro single. Logo em seguida com o lançamento de mais um single "Pontes Indestrutíveis", cujo a banda também gravou um clipe da música, e é mais um dos destaques do nono álbum.

No dia 23 de abril de 2008, foi divulgado no site oficial que o baterista André Ruas, o Pingüim, não fazia mais parte da banda. O motivo seria o fim do contrato que já estava se aproximando, sem que houvesse interesse de ambas as partes em renová-lo.

Para o lugar de Pingüim, entrou Bruno Graveto, também de Santos.



Integrantes

Formação atual

Chorão - vocal
Thiago Castanho - guitarra
Heitor Gomes - baixo
Bruno Graveto - bateria


Ex-membros

Champignon - baixo (1992-2005)
Marcão - guitarra (1992-2005)
Renato Pelado - bateria (1992-2005)
Pingüim - bateria (2005-2008)


Curiosidades

O apelido de Chorão, que na verdade se chama Alexandre Magno Abrão, vem da galera do skate. Um dia estava vendo seus manos andando de skate, aí passou um amigo e disse "não chora!", tirando uma onda já que o Chorão ainda não sabia andar. Ele aprendeu a andar, correu vários campeonatos, chegou a ser vice-campeão paulista, e acabou ficando com o apelido.

Thiago Castanho entrou no Charlie Brown Jr em 1994 e, depois de tocar nos três primeiros discos, se desligou da banda. Antes de voltar e assumir definitivamente as guitarras do Charlie Brown Jr no ano de 2005, Thiago montou o estúdio Digital Grooves em Santos/SP, cursou Administração de Empresas durante seis meses e gravou um Acústico MTV com a banda Ira!. Thiago também fez parte da banda Aliados 13.

Heitor Gomes é filho de um dos maiores nomes do contrabaixo brasileiro de todos os tempos, o músico Chico Gomes. Heitor sempre teve o incentivo de seu pai para tocar, e apesar de ser o integrante mais novo do Charlie Brown Jr. tem experiência musical de longa data.

André Luis Ruas, o "Pinguim", ganhou seu apelido porque, quando mais novo, usava uma camiseta da marca de sorvete "Pingolé". Sua experiência musical vem da noite santista, e antes de entrar no Charlie Brown Jr. já fazia um som com Thiago Castanho. Pinguim é quem mandava o beatbox que acompanha os vocais de Chorão nas músicas do Charlie Brown Jr.

Discografia

Álbuns


1997 - Transpiração Contínua Prolongada

Faixas

1 - Tributo Ao Frango Da Malásia (Instrumental) - 0:25
2 - O Coro Vai Comê! - 2:21
3 - Tudo Que Ela Gosta De Escutar - 2:56
4 - Sheik - 2:51
5 - Hei! Arreia... (Instrumental) - 0:26
6 - Gimme O Anel - 2:50
7 - Molengol´s Groove (Instrumental) - 0:53
8 - Aquela Paz - 3:02
9 - Quinta-Feira - 4:50
10 - Proibida Pra Mim - 2:48
11 - Lombra - 3:11
12 - Corra Vagabundo - 3:35
13 - Falar, Falar - 2:47
14 - Festa - 2:51
15 - Escalas Tropicais - 2:08
16 - Charlie Brown Jr. - 3:12



1999 - Preço Curto... Prazo Longo

Faixas

1 - "Confisco" - 3:00
2 - "Zóio de Lula" - 4:12
3 - "Resolve o Meu Problema Aí" -2:59
4 - "Te Levar" - 3:04
5 - "Vinheta: O Que é da Casa, é da Casa" - 1:01
6 - "O Preço" - 3:30
7 - "Não Deixe O Mar Te Engolir" - 5:09
8 - "Hoje De Noite" - 2:41
9 - "Bons Aliados" - 2:24
10 - "Puxa Carro" - 2:53
11 - "Vinheta: União" - 2:59
12 - "Aquele Velho Carteado e Algumas Manobrinhas" - 2:35
13 - "333" - 2:28
14 - "Mantenha a Dúvida" - 3:04
15 - "Do Surf" - 1:55
16 - "Estória Mal Escrita" - 4:02
17 - "Chicanos (Skate Nos Canos)" - 1:24
18 - "A Grande Volta" - 2:29
19 - "Cruzei Uma Doida" - 1:45
20 - "12+1 (Doze Mais Um)" - 3:00
21 - "Cidade Grande" - 3:15
22 - "Local" - 2:10
23 - "Muito Antes Que Você" - 2:28
24 - "Depois de uma Bela Session, Um Belo Sofá, Cerveja, Pizza e um Videozinho de SKT (1:07)"
25 - "Deu Entrada Pra Subir!" - 3:08




2000 - Nadando com os Tubarões

Faixas

1 - "Rubão - O Dono Do Mundo" - 2:17
2 - "Ralé" - 3:15
3 - "Não é Sério" - 4:50
4 - "O Penetra" - 3:14
5 - "A Banca" - 5:53
6 - "Tudo Mudar" - 2:13
7 - "Fichado" - 3:08
8 - "Ouviu se Falar" - 3:12
9 - "Amor Pelas Ruas" - 1:57
10 - "Essa é Por Quem Ficou pra Trás" - 3:37
11 - "Transar no Escuro" - 3:03
12 - "Fundão" (Vinheta) - 1:57
13 - "Somos Extremes no Esporte e na Música" - 4:31
14 - "Talvez a Metade do Caminho" - 3:01
15 - "Pra Mais Tarde Fazermos a Cabeça" - 3:01
16 - "No Desafio, Ibiraboys/A União Prevalece" - 3:50
17 - "Trocando uma Idéia com Deus" - 3:05




2001 - 100% Charlie Brown Jr.

Faixas

1 - "Eu Protesto" (4:28)
2 - "Hoje eu Acordei Feliz" (2:18)
3 - "Sino Dourado" (2:41)
4 - "Quebra-Mar" (2:57)
5 - "Lugar ao Sol" (3:32)
6 - "Descubra o que Há Errado com Você" (1:39)
7 - "Só Lazer" (2:58)
8 - "Você Vai de Limusine, Eu Vou de Trem" (2:57)
9 - "O Lado Certo da Vida Errada" (1:49)
10 - "T.F.D.P." (2:51)
11 - "Tudo Pro Alto" (3:23)
12 - "Como Tudo Deve Ser" (4:33)




2002 - Bocas Ordinárias

Faixas

1 - "Papo Reto (Prazer é Sexo, O Resto é Negócio)" (3:30)
2 - "Hoje Eu Só Procuro a Minha Paz" (4:12)
3 - "Baader-Meinhof Blues" (2:53)
4 - "Só Por Uma Noite" (3:23)
5 - "My Mini Ramp" (2:12)
6 - "Bocas Ordinárias, Guerrilha" (4:16)
7 - "Não Fure os Olhos da Verdade" (2:47)
8 - "Sou Quem eu Sou (O Que é seu Também é Meu e o Que é Meu Não é Nosso)" (3:19)
9 - "Com Minha Loucura Faço Meu Dinheiro, Com Meu Dinheiro Faço Minhas Loucuras" (2:28)
10 - "Somos Poucos Mas Somos Loucos" (5:30)
11 - "Com A Boca Amargando" (5:04)
12 - "Tarja Preta" (2:46)



2004 - Tâmo aí na atividade

Faixas

1 - "Malabarizando (Quem é de Fé Continua com a Gente)"
2 - "Champanhe e Água Benta" (2:31)
3 - "Tâmo Aí Na Atividade" (3:39)
4 - "Eu Vim de Santos, Sou Charlie Brown" (4:06)
5 - "So Far Away" (2:21)
6 - "Longe de Você" (3:22)
7 - "Di-SK8 eu Vim"
8 - "Di-SK8 eu Vou" (3:21)
9 - "Vivendo Nesse Absurdo" (4:33)
10 - "Todos Iguais" (4:03)
11 - "Cheirando Cola" (1:34)
12 - "O Errado que deu Certo" (2:50)
13 - "Malokero SK8 Board" (2:09)
14 - "Indicados para o Prêmio Nobel da Paz" (2:06)
15 - "Lixo e o Luxo" (2:43)



2005 - Imunidade Musical

Faixas

1 - "Too Fast Live Too Young To Die"
2 - "No Passo a Passo"
3 - "Lutar Pelo que é Meu"
4 - "É Quente"
5 - "Onde Não Existe A Paz, Não Existe O Amor"
6 - "Ela Vai Voltar (Todos os Defeitos de Uma Mulher Perfeita)"
7 - "O Mundo Explodiu Lá Fora"
8 - "Senhor do Tempo"
9 - "Liberdade Acima de Tudo"
10 - "Pra Não Dizer Que eu Não Falei das Flores"
11 - "Abrir Seus Olhos"
12 - "Green Goes"
13 - "I Feel So Good Today"
14 - "Peso da Batida do Errado que Deu Certo"
15 - "Aquela Paz"
16 - "Cada Cabeça Falante Tem Sua Tromba de Elefante"
17 - "Onde está o mundo bom? (Living in L.A.)"
18 - "O Nosso Blues"
19 - "O futuro é um labirinto pra quem não sabe o que quer"
20 - "Na Palma da Mão (o Ragga da Baixada)"
21 - "Skate Vibration"
22 - "Criando Anticorpos"
23 - "Dias de Luta, Dias de Glória"



2007 - Ritmo, Ritual e Responsa

Faixas

1 - "Pontes Indestrutíveis"
2 - "O Que Ela Gosta é de Barriga"
3 - "Não Viva em Vão"
4 - "Ritmo, Ritual e Responsa"
5 - "Be Myself"
6 - "Uma Criança Com Seu Olhar"
7 - "Liberdade é Tudo" (Instrumental)
8 - "O Universo a Nosso Favor" (com ForFun)
9 - "Ninguém Entende Você (PaPaPaPa)"
10 -"Quando Tudo Aconteceu" (Instrumental)
11 - "Beco Sem Saída"
12 - "Sem Medo da Escuridão" (com MV Bill)
13 - "Nua, Linda e Inigualável"
14 - "Vida de Magnata" (com João Gordo)
15 - "Que Espécie de Vermes são Vocês?" (com Marco)
16 - "Buscando um Novo Rumo" (Instrumental)
17 - "Vivendo a Vida Numa Louca Viagem" (com Sacramento MC's)
18 - "Curva de Hill"
19 - "Direto e Reto Sempre"
20 - "Skateboard Amor Eterno" (com Sacramento MC's)
21 - "Café Fundation" (Instrumental)
22 - "Paranormal"
23 - "Senhor do Tempo" (Faixa Bônus)


Ao vivo

2003 - Acústico MTV Charlie Brown Jr.

Faixas

CD

1 - "Quebra Mar"
2 - "O que é da Cada é da Casa" / "Papo Reto"
3 - "Zoio de Lula"
4 - "Vícios e virtudes"
5 - "Hoje" (part. Marcelo Nova)
6 - "O Preço"
7 - "Tudo pro Alto"
8 - "Não Uso Sapato"
9 - "O Coro vai Come"
10 - "Tudo que Ela Gosta de Escutar"
11 - "Não é sério" (part. Negra Li)
12 - "Vinheta beat Box II" / "Como Tudo Deve Ser"
13 - "A Banca" (Ratatá é bicho solto)
14 - "Samba Makossa" (part. Marcelo D2)
15 - "Quinta-feira"
16 - "Só Por uma Noite"
17 - "Oba lá Vem Ela"
18 - "Tudo Mudar"
19 - "Proibida pra Mim"
20 - "Charlie Brown Jr."

DVD

1 - "Quebra Mar"
2 - "O Que É Da Casa É Da Casa"
3 - "Papo Reto"
4 - "Zóio De Lula"
5 - "Vícios E Virtudes"
6 - "Hoje" (Participação Marcelo Nova)
7 - "O Preço"
8 - "Tudo Pro Alto"
9 - "Não Uso Sapato"
10 - "O Coro Vai Come!"
11 - "Tudo Que Ela Gosta De Escutar"
12 - "Não É Sério" (Participação Negra Li)
13 - "Vinheta Beat Box II"
14 - "Como Tudo Deve Ser"
15 - "A Banca (Ratatá é Bicho Solto)"
16 - "Samba Makossa" (Participação Marcelo D2)
17 - "Quinta-Feira"
18 - "Só Por Uma Noite"
19 - "Tudo Mudar"
20 - "Proibida Pra Mim"
21 - "Charlie Brown Jr."

Faixa bônus

1 - "Oba, Lá Vem Ela"



DVDs

2002 - Charlie Brown Jr. Ao Vivo

Faixas

1 - "Rubão - O Dono do Mundo"
2 - "Tudo Mudar"
3 - "Quebra-Mar"
4 - "Beat-Box" / "O Que é Da Casa é Da Casa"
5 - "Confisco"
6 - "Tudo Que Ela Gosta De Escutar"
7 - "Quinta-Feira"
8 - "Hoje Eu Acordei Feliz"
9 - "Do Surf" (instrumental)"
10 - "Pra Mais Tarde Fazermos a Cabeça"
11 - "Zóio de Lula"
12 - "Ouviu-se Falar"
13 - "União"
14 - "T.F.D.P" (Tudo Filha da Puta)
15 - "Sino Dourado"
16 - "O Côro Vai Comê"
17 - "Gimme o Anel"
18 - "Te Levar Daqui"
19 - "Como Tudo Deve Ser"
20 - "Lugar ao Sol"
21 - "Não é Sério"
22 - "Proibida Pra Mim (Grazon)"
23 - "Não Deixe o Mar Te Engolir"


2005 - Skate Vibration

Faixas

1 - "Skate Vibration"
2 - "Tamo Aí na Atividade"
3 - "Mantenha a Dúvida e Espere Até Ouvir Falar de Nós"
4 - "Go Skate or Go Home"
5 - "Vícios e Virtudes"
6 - "Vivendo Nesse Absurdo"
7 - "Champagne e Água Benta"
8 - "O Futuro é um Labirinto pra Quem Não Sabe o Que Quer"
9 - "Skateboard Jam Session"
10 - "E-Bow"
11 - "Vinheta: Too Fast to Live, Too Young to Die"
12 - "Onde Não Existe a Paz Não Existe o Amor"
13 - "Vinheta: Criando Anticorpos"
14 - "Liberdade Acima de Tudo"
15 - "Onde Está o Mundo Bom?"
16 - "No Passo a Passo"
17 - "É Quente"
18 - "Ela Vai Voltar"
19 - "Pra Não Dizer que Não Falei das Flores"

O Rappa



O Rappa é uma banda brasileira conhecida por suas letras de forte impacto social e por seus shows sempre animados. Seu ritmo não é exatamente definido nem mesmo pela própria banda. Embora seja de início principalmente reggae e rock, a banda também incorporou elementos de samba, funk, hip-hop, rap, sampler e mpb.

Um de seus maiores sucessos, a música "Pescador de Ilusões", do ex-bateirista Marcelo Yuka tornou-se sucesso no CD em que foi lançada primeiramente, Rappa Mundi, e novamente no Acústico MTV de 2006, com o refrão "Valeu a pena, valeu a pena". O mesmo feito de popularidade veio com a música "Me deixa", também de Marcelo Yuka.

O mais recente lançamento de disco foi o Acústico MTV, de 2005, no qual a banda resgata alguns sucessos e outras músicas nem tão famosas, do primeiro ao último disco lançado na época, e introduz duas músicas inéditas: uma feita especialmente para o Acústico - "Na frente do Reto" - e outra que entraria em O Silêncio Q Precede O Esporro - "Não perca as crianças de vista" - mas ficou de fora da lista de músicas.




História

Em 1993, com a vinda do cantor regueiro Jamaicano Papa Winnie ao Brasil, foi montada uma banda às pressas para acompanhar o cantor em suas apresentações. Formada por Nelson Meirelles, na época produtor do Cidade Negra e de vários programas de rádios alternativas do Rio de Janeiro; Marcelo Lobato, que havia participado da banda África Gumbe; Alexandre Menezes, o Xandão, que já havia tocado com grupos africanos na noite de Paris e Marcelo Yuka, que tocava no grupo KMD-5. Após essa série de apresentações como banda de apoio do jamaicano, os quatro resolveram continuar juntos e colocaram anúncio no jornal O Globo para encontrar um vocalista. Dentre extensa lista de candidatos, Marcelo Falcão foi o escolhido.

A decisão sobre o nome da banda envolveu opções como "Cão-careca" e "Bate-Macumba". O nome escolhido - O Rappa - vem da designação popular dada aos policiais que interceptam camelôs, os rapas. Com um p a mais para diferenciar, o nome foi escolhido. Um exemplo de a palavra rapa ser aplicada aos caçadores de camelôs pode ser encontrado na música "Óia o rapa!" na composição de Lenine e Sérgio Natureza, gravada pela banda no CD Rappa Mundi.

Finalmente, com Falcão na voz, Marcelo Yuka na bateria, Xandão na guitarra, Nelson Meireles no contra-baixo e Marcelo Lobato no teclado, estava formado O Rappa.

Em 1994, lançaram seu primeiro disco, que levou o nome da banda. O Rappa não obteve muito sucesso e foi o único disco com a presença de Nelson Meireles, que abandonou a banda por motivos pessoais. Com a saída de Nelson Meireles, Lauro Farias, que tocava com Yuka no KMD-5, assumiu o contrabaixo.

Em 1996, foi lançado o CD Rappa Mundi, que praticamente introduziu a banda no cenário nacional e quase todas as músicas foram sucesso. Entre elas, Pescador de Ilusões, A Feira e a versão nacional para o sucesso de Jimmy Hendrix, Hey Joe.

Depois de três anos sem um álbum novo, em 1999 vem a público Lado B Lado A. Com letras "mais fortes" que o anterior, mostra o amadurecimento da banda e revela Yuka como letrista de alto nível em músicas como Minha Alma (a paz que eu não quero) e O que sobrou do céu, além de Tribunal de Rua, que narra história baseada em fato real, conhecido na mídia como "Rambo, o torturador", que foi a capa da revista Veja de 09/04/1997. Os videoclipes das duas primeiras foram premiadíssimos, tornando-se sucesso nacional.

Em 2000, O Rappa causou "comoção pública e muita indignação" entre diversas bandas: no Rock in Rio que ocorreria no ano seguinte, a banda seria colocada antes de alguns americanos, e protestaram. Foram retaliados com exclusão, e 5 bandas brasileiras saíram do festival em protesto (Skank, Raimundos, Jota Quest, Cidade Negra e Charlie Brown Jr.)


Marcelo YukaEm 2001, o baterista Marcelo Yuka foi vítima direta da violência urbana, ao ser baleado durante tentativa de assalto, ficando paraplégico e assim impossibilitado de tocar bateria. Lobato assumiu o instrumento (deixando para seu irmão Marcos Lobato, contribuinte d'O Rappa, os teclados, este não entrou oficialmente para a banda) e O Rappa voltou a tocar. Mesmo debilitado, o baterista voltou ao grupo e no mesmo ano lançaram o disco Instinto Coletivo ao vivo, com um show gravado em 2000, ainda com Yuka na bateria e três inéditas de sua autoria.

Yuka desligou-se d'O Rappa deixando inimizade com os outros companheiros, alegando ter sido expulso por não concordar com o novo rumo que a banda vinha seguindo, fato desmentido pela banda. Não se sabe o que realmente ocorreu. Yuka fundou outro grupo, F.ur.t.o (Frente Urbana de Trabalhos Organizados), que faz parte de um projeto social homônimo, que, segundo Yuka, era algo maior do que O Rappa o possibilitava. A dedicação de Yuka ao projeto F.ur.t.o. pode ser vista mesmo durante sua estadia n'O Rappa: ele aparece com uma camiseta preta com o nome F.ur.t.o. em branco durante o vídeo clipe Minha Alma (A paz que eu não quero).

Em 2003, O Silêncio Q Precede O Esporro, primeiro álbum sem ligação com Yuka foi lançado. Sem as letras de Yuka, Marcos Lobato, tecladista colaborador, tornou-se o principal compositor com a autoria de diversas músicas de sucessos como Reza Vela e Rodo Cotidiano. Em parceria com Carlos Pombo compuseram O Salto, com letra forte em relação ao resto do disco, mais ameno sem as letras de Yuka. Em seguida foi lançado o DVD homônimo, gravado ao vivo no Olimpo - Rio de Janeiro.

Em 2005, atendendo a convite por parte da MTV Brasil, a banda gravou o especial Acústico MTV com participação de Maria Rita em "O que sobrou do céu" e "Rodo Cotidiano", e Siba, do Mestre Ambrózio, na rabeca em algumas músicas. O disco também rendeu um DVD com algumas músicas além das presentes no CD.



Integrantes

Formação atual da Banda

Marcelo Falcão - vocal
Alexandre Menezes (Xandão) - guitarra
Lauro Farias - baixo
Marcelo Lobato - bateria

Ex-Integrantes da Banda

Nelson Meirelles - baixo (até 1996)
Marcelo Yuka - bateria (até 2001)


Discografia

Álbuns de estúdio

O Rappa - 1994

Lista de faixas

1 - Catequese do Medo
2 - Não Vão Me Matar
3 - Todo Camburão tem um Pouco de Navio Negreiro
4 - Take It Easy My Brother Charles
5 - Brixton, Bronx ou Baixada
6 - R.A.M
7 - Skunk Jammin
8 - Coincidências e Paixões
9 - Fogo Cruzado
10 - À Noite
11 - Candidato Caô Caô
12 - Mitologia Gerimum
13 - Sujo
14 - Sujo - Dub
15 - Todo Camburão Tem um Pouco de Navio Negreiro - dub
16 - Vinheta da Silva



Rappa Mundi - 1996

Faixas

1 - A Feira
2 - Miséria S/A
3 - Vapor Barato
4 - Ilê Ayê
5 - Hey Joe
6 - Pescador de Ilusões
7 - Uma ajuda
8 - Eu quero ver gol
9 - Eu não sei mentir direito
10 - O Homem Bomba
11 - Tumulto
12 - Lei da Sobrevivência
13 - Óia o rapa



Lado B Lado A - 1999

Canções

1 - Tribunal De Rua
2 - Me Deixa
3 - Cristo E Oxalá
4 - O Que Sobrou Do Céu
5 - Se Não Avisar o Bicho Pega
6 - Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero)
7 - Lado B Lado A
8 - Favela
9 - Homem Amarelo
10 - Nó De Fumaça
11 - A Todas As Comunidades Do Engenho Novo
12 - Na Palma Da Mão



O Silêncio Q Precede O Esporro - 2003

Faixas

1 - Vinheta
2 - Reza Vela
3 - Vinheta
4 - Rodo Cotidiano
5 - Papo de Surdo e Mudo
6 - Vinheta
7 - Bitterusso Champagne
8 - Vinheta
9 - Mar de Gente
10 - O Salto
11 - Vinheta
12 - Linha Vermelha
13 - Pára Pegador
14 - Vinheta
15 - Vinheta
16 - Vinheta
17 - Óbvio
18 - Vinheta
19 - Maneiras
20 - O Novo Já Nasce Velho
21 - Deus lhe Pague
22 - cont. Deus lhe Pague
23 - O Salto II

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Capital Inicial





História


O início




Brasília, maio de 1983. Um grupo de jovens é preso por usar pulseiras de tachas e alfinetes, sob a alegação destes acessórios serem armas em potencial. A resposta veio no editorial do "Fan Zine", em seu segundo número, escrito por um jovem que assinava apenas "Dinho". O "Fan Zine" trazia outros assuntos, como a "Discografia básica da nova música", que incluía Sex Pistols, The Clash, The Damned, Ramones, Siouxsie & the Banshees, Public Image Ltd, Adam & the Ants, Joy Division, U.K. Subs e Dead Kennedys.

Naquelas páginas, às vezes escritas a mão, com colagens de outras publicações, lia-se um pequeno panorama do punk rock de Brasília (com letras do Aborto Elétrico, XXX e Plebe Rude), quadrinhos, poesias e textos de diversos colaboradores (Hermano Vianna, Marcelo Rubens Paiva, Guilherme Isnard, entre outros). A postura deste grupo que expunha seus pensamentos através da música, de fanzines e de sua atitude, pode ser caracterizada pela música "Geração Coca-cola", de Renato Russo, como fez Jamari França em artigo publicado no Jornal do Brasil, em 12 de Novembro de 1984, quando reproduziu os versos da canção: "Depois de 20 anos de escola / não é difícil aprender / todas as manhas deste jogo sujo / não é assim que tem que ser? / vamos fazer nosso dever de casa / aí então vocês vão ver / suas crianças derrubando reis / fazer comédia no cinema com suas leis. / Somos os filhos da revolução / somos burgueses sem religião / somos o futuro da nação / Geração Coca-Cola".




Surgimento da banda (1982-1985)


O Capital Inicial surgiu em 1982, formado pelos irmãos Fê Lemos (bateria) e Flávio Lemos (baixo), ex-integrantes do Aborto Elétrico, ao lado de Renato Russo, e Loro Jones (guitarra), oriundo da banda Blitz 64. Em 1983, Dinho Ouro Preto, após um estágio como baixista da banda "dado e o reino animal" (assim mesmo, com letras minúsculas), onde também tocavam Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, entra para os vocais.

Em julho estréiam em Brasília, tocando em seguida em São Paulo (SESC Pompéia) e no Rio de Janeiro (Circo Voador). Aliás, esta foi uma das características marcantes do início da carreira: as constantes viagens e apresentações nos principais palcos do underground do rock brasileiro. Em 1984, o ritmo cada vez maior de viagens indica a necessidade de estarem mais próximos do seu principal mercado, as regiões Sudeste e Sul. No final do ano assinam seu primeiro contrato fonográfico, com a CBS (atual Sony), e se mudam para São Paulo no inicio de 1985.

Logo em seguida lançam seu primeiro registro em vinil, o compacto duplo "Descendo o Rio Nilo/Leve Desespero". Ainda neste ano integram o elenco da trilha sonora do primeiro "filme-rock" brasileiro, "Areias Escaldantes", de Francisco de Paula, ao lado de Ultraje a Rigor, Titãs, Lobão e os Ronaldos, Ira!, Metrô, Lulu Santos e May East.




Primeiros discos


O primeiro LP, Capital Inicial, já pela Polygram, foi lançado em 1986 e recebeu ótimas críticas. Um rock limpo, vigoroso, dançante e sobretudo competente, a quilômetros de distância da mesmice que assaltou a música pop brasileira nos últimos tempos", assim o jornalista Mário Nery abre a crítica ao disco no caderno Ilustrada, da Folha de S.Paulo, em 29 de Julho de 1986. O álbum trazia músicas como "Música Urbana", "Psicopata", "Fátima", "Veraneio Vascaína" (censurada pela Polícia Federal), "Leve Desespero" entre outras, e levou o Capital Inicial ao seu primeiro Disco de Ouro.

Em 1987, contando com o tecladista Bozzo Barretti em sua formação, o Capital Inicial lança seu segundo disco, Independência, emplacando "Prova", "Independência", a regravação de Descendo o Rio Nilo, e conquista o segundo Disco de Ouro. Neste ano, é convidado para abrir os shows da turnê do cantor inglês Sting em São Paulo (Estacionamento do Anhembi), Rio de Janeiro no Maracanã, Belo Horizonte no Estádio Independência, Brasília no Estádio Mané Garrincha e Porto Alegre no Estádio Beira Rio.

Você Não Precisa Entender chega as lojas de todo o país em 1988, com mais hits, "A Portas Fechadas", "Pedra Na Mão" e "Fogo". O ano de 1989 marca o lançamento do álbum Todos os Lados, com destaque para as faixas "Todos os Lados", "Mickey Mouse em Moscou" e "Belos e Malditos". Em 1990 participam do festival Hollywood Rock, realizado em São Paulo e no Rio de Janeiro.

O álbum Eletricidade, lançado em 1991, marca o início de mudanças no Capital Inicial, começando pela gravadora. O álbum, lançado pela BMG, trazia uma versão para "The Passenger", de Iggy Pop, batizada de "O Passageiro", e composições como "Kamikaze" e "Todas as Noites". Neste mesmo ano, participam da segunda edição do festival Rock in Rio.




Divergências


Em 1992, Bozzo Barretti deixa o grupo, e em 1993, divergências musicais e pessoais levam o vocalista Dinho Ouro Preto a seguir carreira solo. Enquanto isso, o Capital Inicial, agora com o santista Murilo Lima (ex-banda Rúcula) nos vocais, lança Rua 47 em 1994.

Em 1996 a banda lança Capital Inicial: Ao Vivo, o primeiro pela Qualé Cumpadi Records, gravadora independente que a banda monta, e o segundo pela Rede Brasil Discos, atual Alpha Discos. Durante os próximos cinco anos a banda praticamente desaparece da mídia, levando muitos a acreditar que a banda tinha acabado. Mas a verdade é que a banda nunca parou de excursionar e fazer shows, e se manteve ativa numa época de baixa do rock brasileiro.




A volta do Capital Inicial


São Paulo, março de 1998, amadurecidos, com o respaldo do lançamento, pela Polygram, do CD O Melhor do Capital Inicial, da constante execução de suas músicas pelas maiores emissoras de rádio e, principalmente, com o apoio dos fãs; que mantiveram o Capital Inicial vivo, seus quatro integrantes originais decidem voltar aos palcos. Dinho Ouro Preto, Loro Jones, Fê Lemos e Flávio Lemos voltam à estrada com um novo show, uma comemoração aos 15 anos da banda e aos 20 anos do nascimento do rock candango. O repertório traz sucessos, faixas pouco conhecidas e composições de bandas que fizeram parte da cena de Brasília nos anos 80, como Plebe Rude, Legião Urbana e Finis Africae.

Em julho do mesmo ano a banda assina com a gravadora Abril Music, e em setembro ruma para Nashville no Tennessee, EUA, onde gravam Atrás dos Olhos. Este disco é produzido por David Zá, que entre outros trabalhou com artistas como Prince, Billy Idol e Fine Young Cannibals. As músicas mais executadas desse disco foram "O Mundo" de Pit Passarell, ex-guitarrista da banda Viper e amigo da banda, "1999" e "Eu Vou Estar". Todas essas músicas tiveram videoclipes com grande repercussão junto ao público da MTV, sendo que "O Mundo" concorreu a cinco prêmios na edição de 1999 do Video Music Brasil.

Este mesmo ano de 1998 assiste ainda o lançamento de mais duas coletâneas pela Universal (ex-PolyGram): um CD da série Millennium, com 20 músicas pinçadas dos quatro primeiros discos, e um CD de canções do grupo remixadas por produtores e DJs famosos do Brasil. Infelizmente esta mesma gravadora reluta ainda em relançar os discos originais, apesar do evidente prejuízo que tal atitude traz à banda, e a insatisfação dos fãs.

O ano de 1999 é dedicado à turnê brasileira e, ao longo dos shows, a banda, além dos antigos fãs, encontra um novo público, adolescentes que não conhecem seus primeiros discos. Então surge a idéia de fazer um disco ao vivo, juntando novos e antigos sucessos. Rapidamente esta idéia se transforma no projeto de um disco acústico, em parceria com a MTV.

O último ano do século 20 começa com a banda se preparando para a gravação do Acústico MTV, que acaba ocorrendo em março com a participação do cantor e compositor Kiko Zambianchi. O disco é lançado dia 26 de maio, e a primeira tiragem rapidamente se esgota nas principais lojas do Brasil. A primeira música escolhida para tocar nas rádios, "Tudo Que Vai", de Alvin L. e Dado Villa-Lobos, é amplamente executada em todo o país, e a banda vê reconhecido o seu empenho em fazer um disco acústico de rock simples, despojado, mas com a mesma atitude dos seus melhores discos. Isso fica claro em 2001, quando o sucesso "Natasha" explode entre as músicas mais executadas nas rádios de todo o Brasil e faz com que as vendas do disco alcançassem mais de 1 milhão de cópias, colocando assim o Capital Inicial como uma das maiores bandas do rock brasileiro.

Em 2002, após a turnê "desplugada" o Capital volta com força total às guitarras fazendo um disco totalmente rock n' roll. Com Yves Passarel assumindo o posto de guitarrista, é lançado Rosas e Vinho Tinto. Os hits "A Sua Maneira" e "Mais" explodem nas rádios e o disco já alcança a marca de 200.000 cópias vendidas. Em 2004, a banda lança Gigante!, um CD não tão criativo quanto seu anterior, com melodias nada inspiradas e letras superficiais, mas que, mesmo assim emplacou alguns hits.

Após a turnê de Gigante, a banda se dedica a um antigo projeto, regravar as músicas da banda Aborto Elétrico (a banda que originou Capital Inicial e Legião Urbana) com os arranjos originais. Lançam em 2005, CD e DVD MTV Especial: Aborto Elétrico com algumas das canções da banda lendária de Brasília.




Recentemente


O álbum Eu Nunca Disse Adeus é lançado em 2007, com uma sonoridade diferente, tanto melódica quanto vocal, onde Dinho Ouro Preto faz uso de seu timbre grave, não abusando dos gritos que permearam Gigante e o especial do Aborto Elétrico. Neste álbum vale destacar as faixas: "A Vida é Minha (E eu Faço o que eu Quiser)", "Eu e Minha Estupidez", "Aqui" e o primeiro single "Eu Nunca Disse Adeus".

Neste mesmo ano venceu o Prêmio Multishow 2007 na categoria Melhor Grupo



Integrantes

Formação atual

Dinho Ouro Preto - vocal e guitarra
Flávio Lemos - baixo
Fê Lemos - bateria
Yves Passarel - guitarra

Ex-integrantes

Loro Jones - guitarra e vocal de apoio
Bozo Barretti - teclados
Murilo Lima - vocal (1993-1997)

Discografia

Álbuns de estúdio


1986 - Capital Inicial

Faixas

1 - "Música Urbana" 3:30
2 - "No Cinema" 2:56
3 - "Psicopata" 2:49
4 - "Tudo Mal" 3:12
5 - "Sob Controle" 3:31
6 - "Veraneio Vascaína" 2:15
7 - "Gritos" 3:27
8 - "Leve Desespero" 3:53
9 - "Linhas Cruzadas" 3:36
10 - "Cavalheiros" 3:25
11 - "Fátima" 3:49



1987 - Independência

Faixas

1 - "Independência"
2 - "Autoridades"
3 - "Palavras Ao Vento"
4 - "Por Que Nós Ficamos Juntos"
5 - "Arrepio"
6 - "Espelho No Elevador"
7 - "Fantasmas"
8 - "Descendo o Rio Nilo"
9 - "Prova"
10 - "Vem Bater No Meu Tambor (Rotina Positiva)"



1989 - Você Não Precisa Entender

Faixas

1 - "A Portas Fechadas"
2 - "Blecaute"
3 - "Movimento"
4 - "Pedra Na Mão"
5 - "Ficção Científica"
6 - "Limite"
7 - "Rita"
8 - "Fogo"
9 - "O Céu"



1990 - Todos os Lados

Faixas

1 - "Mambo Club"
2 - "Mickey Mouse em Moscou"
3 - "Vênus em Pedaços"
4 - "Olhos Abertos"
5 - "Belos e Malditos"
6 - "Todos os Lados"
7 - "Sem Direção"
8 - "Abismo"
9 - "Onde Começa Você"
10 - "Pássaros de Guerra"
11 - "2001"




1991 - Eletricidade

Faixas

1 - "21"
2 - "O passageiro (The Passanger)"
3 - "Eletricidade"
4 - "Noite e Dia"
5 - "Kamikaze"
6 - "Nosso Fim"
7 - "O Profeta"
8 - "Cai a Noite"
9 - "Chuva"
10 - "Todas as Noites"
11 - "Dance Animal Dance"
12 - "Terra Prometida"
13 - "Chamando Todos Os Carros"
14 - "Aua-Aua!!!"



1995 - Rua 47

Faixas

1 - "Rua 47"
2 - "A Lei da Metralhadora"
3 - "Pique-esconde"
4 - "Desdêmona"
5 - "Mil Vezes"
6 - "A Saga do Homo Babaca"
7 - "Soltem os Leões"
8 - "Separação"
9 - "Projetos Engavetados"
10 - "Danação"
11 - "Pele Vermelha"



1998 - Atrás dos Olhos

Faixas

1 - "1999"
2 - "O Mundo"
3 - "Estranha E Linda"
4 - "Atrás Dos Olhos"
5 - "Terceiro Mundo Digital"
6 - "Eu Vou Estar"
7 - "Assim Assado"
8 - "Hotel Jean Genet"
9 - "Paz No Matadouro"
10 - "Religião"
11 - "Amiga Triste"
12 - "Giulia"



2002 - Rosas e Vinho Tinto

Faixas

1 - "220 Volts" (Alvin L., Dinho Ouro Preto)
2 - "A Sua Maneira" (Cerati, Bosio; Versão: Dinho)
3 - "Como Devia Estar" (Kiko Zambianchi, Alvin L., Dinho Ouro Preto)
4 - "Inocente" (Alvin L., Dinho Ouro Preto, Yves Passarell)
5 - "Enquanto eu Falo" (Alvin L., Dinho Ouro Preto)
6 - "Algum Dia" (Pit Passarell)
7 - "Quatro Vezes Você" (Alvin L., Dinho Ouro Preto)
8 - "Pra Ninguém" (Alvin L.)
9 - "Olhos Vermelhos" (Alvin L., Dinho Ouro Preto)
10 - "Mais" (Kiko Zambianchi, Alvin L., Dinho Ouro Preto)
11 - "Incondicionalmente" (Mingau, Dinho Ouro Preto)
12 - "Falar de Amor não é Amar" (Alvin L., Dinho Ouro Preto)
13 - "Rosas e Vinho Tinto" (Alvin L.)
14 - "Isabel" (Dinho Ouro Preto)

Faixas bônus
1 - "De Música Ligera"
2 - "Olhos Vermelhos (Acústica)" (Alvin L., Dinho Ouro Preto)



2004 - Gigante!

Faixas

1 - "Instinto Selvagem"
2 - "Respirar Você"
3 - "Sem Cansar" ("C'est comme ça")
4 - "Seus Olhos"
5 - "Não Olhe Para Trás"
6 - "Sexo & Drogas"
7 - "Perguntas Sem Respostas"
8 - "Insônia"
9 - "Maria Antonieta"
10 - "Vendetta"
11 - "Sorte"
12 - "Gratidão"



2005 - MTV Especial: Aborto Elétrico

Faixas

1 - "Tédio (Com um T Bem Grande para Você)" (Renato Russo)
2 - "Love Song One" (Flávio Lemos/ Renato Russo)
3 - "Fátima" (Flávio Lemos/ Renato Russo)
4 - "Helicópteros no Céu" (Renato Russo)
5 - "Química" (Renato Russo)
6 - "Ficção Científica" (Renato Russo)
7 - "Conexão Amazônica" (Fê Lemos/ Renato Russo)
8 - "Submissa" (Fê Lemos/ Renato Russo)
9 - "Geração Coca-Cola" (Renato Russo)
10 - "Baader-meinhof Blues Nº1" (Flávio Lemos/ Renato Russo/ Fê lemos/ André Pretorius)
11 - "Heroína" (Ércole Fortuna/ Renato Russo/ Fê Lemos/ Flávio Lemos)
12 - "Despertar Dos Mortos" (Flávio Lemos/ Renato Russo)
13 - "Veraneio Vascaína" (Flávio Lemos/ Renato Russo)
14 - "Construção Civil" (Renato Russo)
15 - "Benzina" (André Pretorius/ Renato Russo)
16 - "Música Urbana" (Flávio Lemos/ Renato Russo/ Fê lemos/ André Pretorius)
17 - "Que País É Este" (Renato Russo)
18 - "Anúncio de Refrigerante" (Renato Russo)




2007 - Eu Nunca Disse Adeus

Faixas

1 - "A vida é minha (Eu faço o que eu quiser)"
2 - "Eu Nunca Disse Adeus"
3 - "Aqui"
4 - "Eu e Minha Estupidez"
5 - "Diferentes"
6 - "O Imperador"
7 - "Altos e Baixos"
8 - "18"
9 - "Dormir"
10 - "Boa Companhia"
11 - "Má Companhia"
12 - "Eu Adoro Minha Televisão"
13 - "Um Homem Só"



Fã Clube Oficial

http://www.faclubebh.com.br

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Detonautas Roque Club


História
A história do Detonautas Roque Clube se mistura com o início da febre da Internet no Brasil. Certo dia, em 1997, Tico apareceu em uma sala de bate-papo perguntando se alguém ali tocava algum instrumento. Eduardo Simão, que também freqüentava a sala, respondeu e passou a ser conhecido por seu nick das salas de bate-papo: Tchello. Tico morava em Copacabana (RJ) e o mineiro Eduardo administrava uma pousada em Ilhéus (Bahia).

Após o encontro dos dois precursores no Rio de Janeiro, a banda passou por várias formações, até que mais integrantes fossem recrutados através da internet. O fato de como a banda foi formada repercutiu no seu nome: Detonautas = detonadores + internautas.

Graças à insistência principalmente de Tico Santa Cruz e à providencial ajuda de seu amigo, Gabriel, O Pensador, os Detonautas foram conseguindo seu espaço, primeiro nas rádios e depois amadurecendo na estrada, mesclando apresentações em locais de boa estrutura (a banda já chegou a abrir o show do Red Hot Chili Peppers para cinquenta mil pessoas no Pacaembu lotado) em outros nem tanto, mas que serviram para dar cancha e experiência. Depois de muita batalha, que incluiu a famosa peregrinação com a demo embaixo do braço, finalmente a chance: após muitas idas e vindas a Warner Music Brasil contratou a banda, remixou e lançou o álbum, que embalado com os singles "Outro Lugar" e "Quando O Sol Se For", foi um grande sucesso nacional.

Os Detonautas são muito conhecidos pelos espectadores do Rockgol, o campeonato de músicos. Foram considerados bons jogadores, com um 3º lugar em 2003 (no qual Tico foi artilheiro). Os apresentadores Paulo Bonfá e Marco Bianchi apelidaram quase todos os jogadores, como Coala (Tico), Motoserra (Tchello), Crina (Renato Rocha), Brasil-sil-sil(Fábio Brasil), O Neto do Rodrigo (Rodrigo Netto), além do famoso DJ "Clééééston", veterano considerado pela dupla o maior craque do campeonato.


Tragédia
Uma tragédia marca a trajetória da banda em 4 de Junho de 2006. Aos 29 anos Rodrigo Netto, integrante do grupo, foi assasinado ao passar com seu carro numa das importantes avenidas do Rio de Janeiro. Os bandidos queriam seu carro. Rodrigo não reagiu ao assalto, pois nem viu os assaltantes, levou um tiro no peito e faleceu no local. No carro estavam sua avó e seu irmão Rafael da Silva Netto que também foi atingido por 2 tiros, sem gravidade.

Segundo investigações da Policia Militar a ordem para o roubo do veículo partiu de um traficantes de um morro próximo, entre os assaltantes estava um menor de idade autor dos disparos contra o carro.

Os integrantes tentam superar a dor da perda lembrando dos momentos bons e registrando isso em seus corpos, Tchello, o baixista da banda tatuou em suas costas uma imagem do rosto de Rodrigo como uma forma de homenagear o amigo que teve ao longo de 16 anos e Tico tatuou na costela a assinatura do amigo.



Uma banda diferente
Psicodeliamorsexo&distorção, como o próprio nome do álbum diz, suas faixas possuem músicas que falam de amor e sexo, e falam de uma forma muito realista. De uma forma que realmente se pensa e sente, sem ser meloso ou vulgar, e mostra o equilibro entre as duas coisas, seguindo um estilo psicodélico e com bastante distorção, distorção esta que, não diz respeito apenas ao timbre da guitarra, mas sim às suas letras, que cada vez mais, adotam uma certa ambigüidade (que por sinal usada com muita inteligência e coesão).

A banda vêm adotando cada vez mais em suas músicas uma identidade, passando a ter verdadeiros fãs. Talvez em menor dimensão, mas fãs que realmente admiram e, principalmente, se identificam com o trabalho dos cariocas; não apenas pessoas em massa que ouvem canções por simples modismo ou por serem canções universais, onde qualquer pessoa se identificaria. Uma característica muito interessante do álbum Psicodeliamorsexo&distorção é a mixagem da voz, que se mistura à base, como se fosse mais um instrumento, e a melodia se funde à harmonia.

É perceptível a inteligência e o cuidado que a banda tem com as músicas, o que é uma característica muito escassa nas bandas contemporâneas, que se preocupam apenas em fazer músicas que as pessoas gostem, que façam sucesso e que lhes renda dinheiro, sem um ideal mais profundo por de trás das suas letras e melodias. São apenas canções que qualquer um, de alguma maneira, se identifica. As canções "detonauticas", principalmente as do psicodeliamorsexo&distoção tem um público alvo. Não necessariamente definido, mas são músicas com um algo mais, que não é qualquer pessoa que gosta, exatamente por ir mais além.



Formação

Formação Atual
Tico Santa Cruz - vocal
Cléston - DJ e percussão
Renato Rocha - guitarra e vocal de apoio
Tchello - baixo
Fábio Brasil - bateria



Ex-integrantes
Rodrigo Netto - guitarra e vocal de apoio (falecido)



Discografia

Álbuns de estúdio

Detonautas Roque Clube (2002)

Faixas

1 - "No Way Out" (Rodrigo Netto, Tico Santa Cruz)
2 - "Outro Lugar" (Rodrigo Netto, Tico Santa Cruz, Detonautas Roque Clube)
3 - "Quando o Sol Se For" (Tico Santa Cruz, Detonautas Roque Clube)
4 - "Ei Peraê!!!" (Rodrigo Netto, Tico Santa Cruz, Detonautas Roque Clube)
5 - "Olhos Certos" (Tico Santa Cruz, Detonautas Roque Clube)
6 - "Nem Me Lembro Mais" (Rodrigo Netto, Tico Santa Cruz, Detonautas Roque Clube)
7 - "O Bem e o Mal" (Tico Santa Cruz, Detonautas Roque Clube)
8 - "Ladrão de Gravata" (Thiago Mocotó, Tico Santa Cruz, Detonautas Roque Clube)
9 - "Mais Além" (Tico Santa Cruz, Detonautas Roque Clube)
10 - "Que Diferença Faz" (Thiago Mocotó, Tico Santa Cruz, Detonautas Roque Clube)
11 - "Outro Lugar (versão acústica)" (Rodrigo Netto, Tico Santa Cruz, Detonautas Roque Clube)



Roque Marciano (2004)

Faixas

1 - "Amanhã" (Rodrigo Netto, Tico Sta Cruz, Renato Rocha, Detonautas Roque Clube)
2 - "Nada Vai Mudar" (Rodrigo Netto, Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
3 - "O Dia Que Não Terminou" (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
4 - "Mercador Das Almas" (Rodrigo Netto, Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
5 - "Só Por Hoje" (Rodrigo Netto, Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
6 - "Com Você" (Rodrigo Netto, Tchello, Detonautas Roque Clube)
7 - "Silêncio" (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
8 - "Meu Bem" (Rodrigo Netto, Tico Sta Cruz, Renato Rocha, Detonautas Roque Clube)
9 - "Tênis Roque" (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
10 - "Tô Aprendendo A Viver Sem Você" (Rodrigo Netto, Detonautas Roque Clube)
11 - "Send U Back" (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)


Psicodeliamorsexo&distorção (2006)

Faixas

1 - "No Escuro o Sangue Escorre" 3:55 (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
2 - "Não Reclame Mais" 4:00 (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
3 - "Sonhos Verdes" 4:03 (Renato Rocha, Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
4 - "Assim que Tem que Ser" 3:12 (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
5 - "Quem Sou Eu?" 4:12 (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
6 - "Dia Comum" 6:03 (Rodrigo Netto, Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
7 - "Prosseguir" 4:28 (Rodrigo Netto, Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
8 - "Você Me Faz Tão Bem" 3:24 (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
9 - "Ela Não Sabe (mas nós Sabemos)" 3:57 (Rodrigo Netto, Tico Sta Cruz, Renato Rocha, Detonautas Roque Clube)
10 - "Apague a Luz" 2:51 (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
11 - "Insone" 10:42 (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
12 - "Tudo que Eu Falei Dormindo" 4:56 (Rodrigo Netto, Renato Rocha, Tchello, Fábio Brasil)
13 - "Um Pouco Só do seu Veneno" 3:56 (Tico Sta Cruz, Edu K)



O Retorno de Saturno (2008)

Faixas

1 - "O Retorno de Saturno" (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
2 - "Nada é Sempre Igual" (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
3 - "Verdades do Mundo" (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
4 - "Só Pelo Bem Querer" (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
5 - "Lógica" (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
6 - "Tanto Faz" (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
7 - "Oração do Horizonte" (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
8 - "Soldado de Chumbo" (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
9 - "Ensaio sobre a Cegueira" (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)
10 - "Enquanto Houver" (Renato Rocha, Tico Sta Cruz)
11 - "Vou Vomitar em Você" (Tico Sta Cruz, Detonautas Roque Clube)



Álbuns ao vivo
Detonautas Roque Clube - Dose Dupla CD + DVD (2004)



Coletâneas
Roque Marciano (Edição de Ouro Limitada) (2004)



Premiações
VMB 2003 - Vencedor na categoria Banda Revelação
VMB 2004 - Vencedor na categoria Melhor Website, com site de Marcos Sketch e Ricardo Brautigam
Prêmio Laboratório Pop 2006 - Disco Nacional - "Psicodeliamorsexo&distorção". / Nome do Ano - Tico Santa Cruz